Microagulhas indolores, humanos virtuais para testar vacinas e refinarias solares para reciclar CO2. Estas tecnologias prometem uma revolução
Um grupo internacional de especialistas, reunido pela revista científica Scientific American e pelo Fórum Económico Mundial, fez uma lista das tecnologias emergentes de 2020 que poderão ter impacto nos próximos três a cinco anos e fazer progredir a sociedade e a economia. Damos a conhecer três delas, unidas pela forma irreverente como pretendem dar resposta a problemas cruciais.
Microagulhas que injetam fármacos, retiram sangue e fazem análises sem dor alguma
Com um comprimento que não anda muito longe da grossura de uma folha de papel e uma largura semelhante à de um fio de cabelo, estas liliputianas agulhas podem ser aplicadas a uma seringa ou penso. Muitas aplicações, nestas últimas duas formas, já estão disponíveis para administrar vacinas, mas há muitas outras a ser clinicamente testadas que se destinam a tratar as diabetes, o cancro e a dor neuropática.
O que torna especiais as microagulhas é a sua capacidade de chegar à segunda camada de pele do corpo humano, a epiderme, penetrando no estrato mais superficial, composto de células mortas, mas sem nunca tocar (ou apenas ao de leve) na derme, a terceira camada de pele: a zona onde estão os terminais dos nervos – responsáveis por provocar dor se a agulha aí chega –, os vasos sanguíneos e linfáticos e o tecido conectivo. Na epiderme existem células ativas e saudáveis, banhadas pelo chamado fluído intersticial, um líquido quase transparente que facilita as trocas de material orgânico das células e que se interpõe entre elas e os vasos sanguíneos. (...)
retirado de sapo (19 de novembro)