sábado, 20 de fevereiro de 2021

História da Terra sofreu ponto de inflexão há 42.000 anos com inversão de pólos magnéticos

 A história da Terra sofreu um ponto de inflexão há 42.000 anos, quando uma inversão dos pólos magnéticos provocou uma rutura do campo magnético, que causou importantes alterações ambientais e extinções massivas, segundo um estudo divulgado hoje.

A investigação da Universidade australiana de Nova Gales do Sul e do Museu da Austrália Meridional, publicada na revista Science, assinala que aquele evento foi provocado por uma inversão dos pólos magnéticos da Terra, combinada com a mudança dos ventos solares, o que produziu tempestades elétricas, auroras generalizadas e radiação cósmica.

“Aos primeiros seres humanos que tiveram de viver aquele momento deve ter-lhes parecido ‘o fim dos dias’”, considerou um dos autores, Alan Cooper, do Museu da Austrália Meridional.

Os investigadores, que batizaram este período como Evento Adams, sugerem que poderá explicar mistérios evolutivos, como a extinção dos neandertais ou o repentino surgimento de arte figurativa em grutas de todo o mundo, considerando que os humanos tiveram de procurar novos refúgios.

Apesar de os cientistas já saberem que os polos magnéticos mudaram há cerca de 41.000-42.000 anos (o que se conhece como Evento de Laschamps), não sabiam exatamente se afetara a vida na Terra e como o fizera.

O coautor do estudo Chris Turney, da universidade de Nova Gales do Sul, sublinhou que a investigação possibilitou datar pela primeira vez “com precisão” o momento e os impactos ambientais da última alteração dos polos magnéticos”.

As antigas árvores kauri da Nova Zelândia, que se conservaram em sedimentos durante mais de 40.000 anos, deram as pistas aos investigadores, que, através dos anéis de crescimento, puderam medir e datar o pico dos níveis de radiocarbono atmosférico causado pelo colapso magnético e criaram uma escala do tempo detalhada de como mudou a atmosfera.

Os investigadores compararam essa escala do tempo com registos de lugares de todo o Pacífico e elaboraram modelos climáticos globais para descobrirem que o crescimento das camadas de gelo e dos glaciares da América do Norte e as grandes alterações nos ventos e sistemas de tempestades tropicais podem remontar ao Evento Adams.

Uma das primeiras pistas foi a que indica que a megafauna da Austrália continental e da Tasmânia sofreu uma extinção simultânea há 42.000 anos.

Os pólos magnéticos da Terra têm uma deslocação natural, mas por vezes, por razões que não são claras, esses movimentos podem ser mais drásticos e há cerca de 42.000 anos mudaram completamente de lugar.


retirado de sapo.pt em 17/2/2021

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

A experiência ATLAS encontrou a primeira evidência de que o bosão de Higgs, a partícula que confere massa à matéria, se decompõe em dois leptões e um fotão.

 

Conhecida como "desintegração de Dalitz", esta é uma das decomposições mais raras do bosão de Higgs — também designado por "partícula de Deus", já que ajuda a explicar porque existe o Universo onde vivemos — que se terá visto até agora no acelerador de partículas LHC, da CERN [Organização Europeia para a Investigação Nuclear], onde se desenvolve a experiência ATLAS.

Desde a descoberta do bosão de Higgs em 2012, os cientistas têm trabalhado arduamente para caracterizar as suas propriedades e procurar as diversas formas em que esta partícula efémera se pode decompor. (...)

Retirado de sapo.pt (11/02/21)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

E se esta bateria durasse 28 mil anos?

 

E se esta bateria durasse 28 mil anos?




A empresa californiana NDB desenvolveu um projecto de baterias de nano-diamante que promete ser uma grande evolução no fornecimento de energia. De acordo com os criadores a técnica inverte a equação de energia e age como minúsculos geradores nucleares e, por isso, a sua duração é prolongada: varia de uma década a 28 mil anos sem precisar de recarga.

A bateria oferece uma potência maior do que as existentes nas baterias de iões de lítio actuais. Além disso, elas devem ser quase indestrutíveis e totalmente seguras em caso de acidente. Em algumas aplicações como as de carros eléctricos, por exemplo, podem ser significativamente mais baratas do que as disponíveis actualmente. (...)


Retirado de Greensavers (3/2/2021)

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