Esta segunda-feira foi globalmente o dia mais quente alguma vez registado, indicou hoje o Centro Nacional de Previsão Ambiental dos Estados Unidos – segundo os dados recolhidos, a temperatura média global atingiu os 17,01 graus Celsius, superando o recorde de agosto de 2016 de 16,92°C, conforme diversos pontos do mundo atravessavam ondas de calor.
No sul dos Estados Unidos, as últimas semanas têm sido marcadas por temperaturas extremas. Na china, uma onda de calor fez os termómetros ‘escalar’ para acima de 35°C – no norte de África, houve temperaturas próximas dos 50°C.
Mesmo na Antártida, atualmente a atravessar o inverno, foram registadas temperaturas anormalmente altas: a Estação Akademik Vernadsky, base de pesquisa da Ucrânia na ilha Galindez, quebrou o seu recorde de temperatura em julho, com 8,7°C.
“Este não é um marco que deveríamos comemorar”, considerou o cientista climático Friederike Otto, do Instituto Grantham para Mudanças Climáticas e Meio Ambiente do Imperial College London, na Grã-Bretanha. “É uma sentença de morte para pessoas e ecossistemas.”
Os cientistas têm garantido que a responsabilidade é das mudanças climáticas, combinadas com um padrão emergente de El Niño. “Infelizmente, promete ser apenas o primeiro de uma série de novos recordes estabelecidos em 2023, à medida que as emissões crescentes de dióxido de carbono e gases de efeito estufa, juntamente com um crescente evento El Nino, levam as temperaturas a novos recordes”, sustentou Zeke Hausfather, cientista da Berkeley Earth, dos Estados Unidos, em comunicado, citado pela agência ‘Reuters’.
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