sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Cidade norte-americana de Phoenix regista pelo 100º dia temperaturas acima dos 100ºF

 

@Pixabay

A cidade norte-americana de Phoenix, no estado do Arizona, atingiu terça-feira o 100º dia consecutivo com temperaturas de, pelo menos, 37,78 graus centígrados (100 graus fahrenheit), registo que ultrapassa o recorde de 76 dias consecutivos registado em 1993.

“É, sem dúvida, um número que chama a atenção”, sublinha o meteorologista, Sean Benedict, do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos, citado pela Associated Press.

A temperatura atingiu os 38,9ºC (102ºF) em Phoenix a 27 de maio e, desde então, tem-se mantido acima dos três dígitos fahrenheit.

De acordo com o meteorologista, as longas vagas de calor no deserto são normalmente interrompidas pela chuva, mas a monção não teve esse efeito este ano, com os dias de três dígitos fahrenheit a acumularem-se desde maio.

Os cientistas afirmam que as alterações climáticas causadas pelas atividades humanas estão a aumentar o termóstato em todo o mundo, fazendo ao mesmo tempo subir as probabilidades de temperaturas perigosas, devido ao motor do aquecimento global – a libertação de gases com efeito de estufa provenientes da queima de combustíveis como o petróleo, o gás e o carvão -, que continua em registos históricos muito elevados.

De acordo com os investigadores, os fenómenos meteorológicos extremos, como as vagas de calor, incêndios florestais, tempestades intensas e secas prolongadas, vão continuar.

As previsões meteorológicas para esta semana apontam para a continuação de temperaturas anormalmente elevadas em todo o oeste dos Estados Unidos, com um aviso de calor intenso antecipado para quarta a sexta-feira em várias cidades do Arizona, incluindo Phoenix, bem como Las Vegas e outras partes do Nevada.

As autoridades de saúde pública do condado de Maricopa, no Arizona – onde Phoenix está localizada, a área metropolitana mais quente dos Estados Unidos – dizem que até 24 de agosto houve 150 mortes relacionadas com o calor confirmadas até agora este ano, e outras 443 estão sob investigação.

No ano passado, registaram-se 645 mortes relacionadas com o calor no mesmo condado que tem cerca de 4,5 milhões de pessoas.

O ano em curso trouxe o verão meteorológico – junho, julho e agosto – mais quente na região desde que há registos, fenómeno que se verificou em todo o oeste dos Estados Unidos, com vários locais na Califórnia, Nevada, Arizona, Utah e Novo México a estabelecerem recordes ou a aproximarem-se deles.

Retirado de GreenSavers


quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Cargueiro francês à vela realiza a sua primeira travessia transatlântica

 O maior cargueiro à vela do mundo chegou ontem aos EUA, 18 dias depois de ter saído da França com mil toneladas de carga, sobretudo cognac e espumantes.

 

A travessia inaugural do "Anemos" foi marcada, todavia, por algumas dificuldades técnicas, que levaram a ativar um motor de reserva Ronan Gladu/TOWT


O transporte marítimo de mercadorias em embarcações movidas a vento, algo que era comum nos oceanos no passado, pode vir a tornar-se uma nova realidade na luta contra as mudanças climáticas.

Pelo menos é o que espera uma empresa francesa, dona do "Anemos", o maior cargueiro à vela do mundo, que nesta terça-feira completou a sua travessia transatlântica inaugural de 18 dias entre o porto francês de Le Havre e Newark, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, com mil toneladas de carga a bordo (sobretudo cognac e espumantes).

Guillaume Le Grand, diretor executivo da operadora TOWT, proprietária do veleiro mercante de 81 metros de comprimento e 68 de altura, espera que esta seja a primeira de muitas.

"São os maiores veleiros que existem, e estamos a começar a deixar a nossa marca", afirmou sobre o navio e o seu gêmeo, o Artemis, cuja cerimónia de lançamento está prevista para quarta-feira no Vietname.

"Nesta viagem estávamos cheios, e há uma forte procura. Já encomendamos mais seis" navios, acrescentou Le Grand.

À medida que aumentam os custos dos combustíveis e as preocupações ambientais, o interesse pelo uso da tecnologia de navegação à vela para o transporte de mercadorias cresceu nos últimos anos, tanto entre as companhias marítimas quanto entre os clientes.

A travessia inaugural do "Anemos" não foi sem dificuldades, todavia, pois um motor de reserva foi utilizado e ajustes precisaram ser feitos na configuração da embarcação e nas suas gigantescas velas duplas. O navio usa um sistema de aparelhamento robotizado e informatizado para ajustar as velas.

Com a emissão de cerca de mil milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, o transporte marítimo é responsável por quase 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, segundo a Organização Marítima Internacional (OMI), que tem a meta de eliminar o carbono no setor até 2050.

 

Retirado de sapoviagens

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