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A cidade
norte-americana de Phoenix, no estado do Arizona, atingiu terça-feira o 100º
dia consecutivo com temperaturas de, pelo menos, 37,78 graus centígrados (100
graus fahrenheit), registo que ultrapassa o recorde de 76 dias consecutivos
registado em 1993.
“É, sem dúvida,
um número que chama a atenção”, sublinha o meteorologista, Sean Benedict, do
Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos, citado pela Associated
Press.
A temperatura
atingiu os 38,9ºC (102ºF) em Phoenix a 27 de maio e, desde então, tem-se
mantido acima dos três dígitos fahrenheit.
De acordo com o
meteorologista, as longas vagas de calor no deserto são normalmente
interrompidas pela chuva, mas a monção não teve esse efeito este ano, com os
dias de três dígitos fahrenheit a acumularem-se desde maio.
Os cientistas
afirmam que as alterações climáticas causadas pelas atividades humanas estão a
aumentar o termóstato em todo o mundo, fazendo ao mesmo tempo subir as
probabilidades de temperaturas perigosas, devido ao motor do aquecimento global
– a libertação de gases com efeito de estufa provenientes da queima de
combustíveis como o petróleo, o gás e o carvão -, que continua em registos
históricos muito elevados.
De acordo com os
investigadores, os fenómenos meteorológicos extremos, como as vagas de calor,
incêndios florestais, tempestades intensas e secas prolongadas, vão continuar.
As previsões
meteorológicas para esta semana apontam para a continuação de temperaturas
anormalmente elevadas em todo o oeste dos Estados Unidos, com um aviso de calor
intenso antecipado para quarta a sexta-feira em várias cidades do Arizona,
incluindo Phoenix, bem como Las Vegas e outras partes do Nevada.
As autoridades
de saúde pública do condado de Maricopa, no Arizona – onde Phoenix está
localizada, a área metropolitana mais quente dos Estados Unidos – dizem que até
24 de agosto houve 150 mortes relacionadas com o calor confirmadas até agora
este ano, e outras 443 estão sob investigação.
No ano passado,
registaram-se 645 mortes relacionadas com o calor no mesmo condado que tem
cerca de 4,5 milhões de pessoas.
O ano em curso
trouxe o verão meteorológico – junho, julho e agosto – mais quente na região
desde que há registos, fenómeno que se verificou em todo o oeste dos Estados
Unidos, com vários locais na Califórnia, Nevada, Arizona, Utah e Novo México a
estabelecerem recordes ou a aproximarem-se deles.